quarta-feira, 1 de junho de 2011

PROPOSTA CONTO


Tinham os mesmos nomes. Cresceram juntos, à sombra do mesmo amor materno. Ele era órfão, e a mãe dela, que o amava como se ele fora seu  filho tomou-o para si, e reuniu os dois debaixo do mesmo olhar e dentro do mesmo coração. Eram quase irmãos, e sêlo-iam sempre completamente, se a diferença dos sexos não viesse, um dia, dizer-lhes que um laço mais íntimo podia uní-los.
Um dia .....

Proposta: A partir do trecho dado, de autoria de Machado de Assis, dê sequência à história
de modo a criar um conto. Sua narrativa deverá ser em terceira pessoa.

GÊNEROS INESPERADOS

GÊNEROS INESPERADOS: 

O texto a seguir é a receita de uma sobremesa conhecida como Delícia Paulista Gelada. Imagine que você esteja preparando um  livro de receitas da sua infância, em que cada receita virá acompanhada de um  relato memorialista. Escreva um relato sobre as memórias despertadas pela Delícia Paulista Gelada, em que constem:
• lembranças das ocasiões em que a sobremesa era preparada e servida; e
• lembranças associadas aos sabores que compõem a sobremesa. Lembre-se de que você não deverá recorrer à mera colagem de trechos do texto lido.




Delícia Paulista Gelada
Ingredientes
• 1 lata de leite condensado
• 1 xícara (chá) de castanhas picadinhas
• 1 lata de creme de leite
• 3 ovos
• 1/2 litro de leite de vaca
• 3 colheres (sopa) bem cheias de achocolatado
• 1 cálice grande de licor de cacau
• 300 g de biscoitos champanhe
• 1 colher (sopa) bem cheia de amido
• 6 colheres (sopa) cheias de açúcar

Modo de Preparo
1 a  Etapa:
Misture 250 g de leite de vaca com o
achocolatado e leve ao fogo brando.
2. Deixe ferver até engrossar um pouco,
retire do fogo e, depois de frio, junte o licor de
cacau e misture bem.

2a  Etapa:
3. Misture o leite condensado com as gemas, ao amido e 250 ml de leite de vaca.
4. Passe pela peneira e leve ao fogo brando.
5. Mexa sempre até que fi  que cremoso.
6. Junte as castanhas, torne a misturar bem, retire do fogo e deixe esfriar.

3a  Etapa:
7. Bata as claras em neve e, sempre batendo, junte aos poucos o açúcar.
8. Bata até o ponto de suspiro bem consistente e, sem parar  de bater, junte o creme de leite gelado e sem o soro.
4a  Etapa:
9. Tome um prato refratário de tamanho regular e deite nele o creme de castanhas.
10. Coloque uma camada de biscoitos passados na calda de achocolatado sobre o creme e cubra inteiramente com o suspiro de creme de leite.
11. Leve ao congelador.
12. Sirva no dia seguinte.
13. Conserve sempre no congelador, caso deseje a sobremesa  em ponto de sorvete.



Leia a seguir trecho de um ensaio do fi  lósofo Gilles Lipovetsky.  Imagine que uma idosa de 80 anos, muito rica, acaba de ler esse trecho e se consterna com a frouxidão da relação das pessoas com seus bens. Imagine-se no lugar dessa idosa e escreva um testamento informal para os netos dela, no qual constem:
• a exigência de preservação de um item considerado inútil pelos jovens de hoje como condição para o recebimento da herança; e
• uma justificativa plausível para a preservação desse item.

Lamenta-se frequentemente, o materialismo de nossas sociedades. Por que não se ressalta que, ao mesmo tempo, a moda consumada contribui para desprender o homem de seus
objetos? No império do valor de uso, não nos ligamos mais às coisas, muda-se facilmente de casa, de carro, de mobiliário; a era que sacraliza socialmente as mercadorias é aquela na qual nos separamos sem dor de nossos objetos. Já não gostamos das coisas por elas mesmas ou pelo estatuto social que conferem, mas pelos serviços que prestam, pelo prazer que tiramos delas, por uma funcionalidade perfeitamente permutável. Nesse sentido, a moda desrealiza as coisas, dessubstancializa-as através do culto homogêneo da utilidade e da novidade. O que possuímos, nós o mudaremos: quanto mais os objetos se tornam nossas próteses, mais somos indiferentes a eles; nossa relação com as coisas depende agora de um amor abstrato, paradoxalmente desencarnado. Como continuar a falar de alienação num tempo em que, longe de serem desapossados pelos objetos, são os
indivíduos que se desapossam deles? Quanto mais o consumo se desenvolve, mais os objetos se tornam meios desencantados, instrumentos, nada mais que instrumentos: assim caminha a democratização do mundo material. (Gilles Lipovetsky, O império do efêmero.
São Paulo: Companhia de Bolso, p. 203-204.)